"Sele-Inter"... de prata
A primeira medalha olímpica do futebol brasileiro aconteceu em 1984. Mas ninguém queria saber dessa besteira. O que contava mesmo era a Copa do Mundo, num país ainda chocado com a tragédia de 1982, quando a orquestra de Zico, Falcão, Sócrates e Cia. produziu um espetáculo divinal, um tipo de futebol-arte que os deuses, boquiabertos, fizeram questão de eternizar, não com a vitória final, mas com a... derrota, num palco espanhol de nome Sarrià. Por isso, ainda sem entender tão cruel destino, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pegou num grupo de rapazes do Internacional de Porto Alegre, juntou mais dois ou três gatos-pingados de outros clubes, e enviou para Los Angeles, a sede desses Jogos Olímpicos. O povo, querendo recuperar o bom humor, batizou aquele grupo de "Sele-Inter", que até acabaria por alcançar a prata. Entre os medalhados, um tal Dunga ainda voltaria aos Estados Unidos, 10 anos depois, para levantar a taça de campeão mundial como capitão da seleção brasileira.
Um tetracampeão do mundo... sem ouro
Taffarel, Jorginho, Mazinho, Bebeto e Romário, também campeões do mundo 1994, já tinham participado nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, na Coreia, e conquistado nova medalha para o Brasil, mas ainda... de prata. Aí, começou a discussão. O único país tetracampeão do mundo em futebol nunca tinha vencido uma olimpíada, a medalha de Ouro? Grã-Bretanha tinha 3 de ouro; Uruguai, 2; Itália, 1; Alemanha do lado de lá do muro de Berlim, 1; Brasil... zero! Que palhaçada era essa? O pior é que nos Jogos Olímpicos de 1992, o Brasil nem esteve presente, eliminado no torneio de qualificação. E que olimpíada foi aquela em que só deu basquetebol? Os Estados Unidos da América tinham deixado os universitários em casa e soltaram as estrelas da NBA (National Basketball Association) para alguns espetáculos em Barcelona. O Dream Team não só conquistou o ouro como divertiu o mundo. Encantado, o Brasil, quis logo recuperar o tempo perdido e resolveu montar também o seu Dream Team... do futebol.
Dream Team do futebol... de bronze
E nada melhor que uma cidade norte-americana para dar a conhecer ao mundo essa nova versão do Dream Team do futebol. E se, em 1992, Barcelona viu Michael Jordan e Magic Johnson, em 1996, Atlanta veria apenas e só os dois melhores jogadores do mundo do futuro: Ronaldinho, o fenômeno, e Rivaldo, o mago das pernas arqueadas. E seriam estes, mais outro Ronaldinho, o Gaúcho, também ele futuro melhor do mundo, que levariam o Brasil à conquista do pentacampeonato, em 2002, na Copa do Mundo da Coreia/Japão. Mas voltando aos Jogos Olímpicos de 96, Atlanta vibrou, realmente, com o futebol e viu o Brasil no pódio, com a medalha... de bronze. Era inacreditável! O futebol brasileiro continuava sem a medalha de ouro. O que deveria acontecer com naturalidade, acabou em... obsessão! Logo a seguir, viriam os pesadelos de Sidney 2000 e o Brasil... sem qualquer medalha; Atenas 2004 e o Brasil... nem foi; Pequim 2008, Brasil... medalha de bronze; Londres 2012, Brasil... medalha de prata. Ouro... zero!
Da tragédia ao... ouro?
Chegou a vez do Rio 2016! Desde Los Angeles 84, o ouro olímpico viajou para França, ex-União Soviética, Espanha, Nigéria, Camarões, México e, pior de tudo... Argentina, 2 vezes. Agora, mais um cenário para o fim dessa maldição - a cidade maravilhosa e o Cristo Redentor como testemunha. Os tempos são outros. O futebol olímpico perdeu interesse e as outras seleções já acham tudo uma grande chatice. E que ironia! Se antes era o Brasil que não se importava com nada, agora os outros é que não querem saber. Da Europa chegam apenas jogadores sem expressão. Da África também não se vislumbra nada parecido com os craques de outrora. Assim, no caminho do Brasil, talvez só reste como adversário perigoso uma Argentina... sem estrelas. Já o Brasil terá Neymar, o melhor do mundo no futuro. O problema é o presente. Só mesmo a Medalha de Ouro para fazer esquecer os 7-1 naquela tragédia do Mineirão, na Copa de 2014. Felizmente, a final do Rio 2016 será no Maracanã. Mas não foi lá a tragédia da Copa de 1950?
Um tetracampeão do mundo... sem ouro
Taffarel, Jorginho, Mazinho, Bebeto e Romário, também campeões do mundo 1994, já tinham participado nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, na Coreia, e conquistado nova medalha para o Brasil, mas ainda... de prata. Aí, começou a discussão. O único país tetracampeão do mundo em futebol nunca tinha vencido uma olimpíada, a medalha de Ouro? Grã-Bretanha tinha 3 de ouro; Uruguai, 2; Itália, 1; Alemanha do lado de lá do muro de Berlim, 1; Brasil... zero! Que palhaçada era essa? O pior é que nos Jogos Olímpicos de 1992, o Brasil nem esteve presente, eliminado no torneio de qualificação. E que olimpíada foi aquela em que só deu basquetebol? Os Estados Unidos da América tinham deixado os universitários em casa e soltaram as estrelas da NBA (National Basketball Association) para alguns espetáculos em Barcelona. O Dream Team não só conquistou o ouro como divertiu o mundo. Encantado, o Brasil, quis logo recuperar o tempo perdido e resolveu montar também o seu Dream Team... do futebol.
Dream Team do futebol... de bronze
E nada melhor que uma cidade norte-americana para dar a conhecer ao mundo essa nova versão do Dream Team do futebol. E se, em 1992, Barcelona viu Michael Jordan e Magic Johnson, em 1996, Atlanta veria apenas e só os dois melhores jogadores do mundo do futuro: Ronaldinho, o fenômeno, e Rivaldo, o mago das pernas arqueadas. E seriam estes, mais outro Ronaldinho, o Gaúcho, também ele futuro melhor do mundo, que levariam o Brasil à conquista do pentacampeonato, em 2002, na Copa do Mundo da Coreia/Japão. Mas voltando aos Jogos Olímpicos de 96, Atlanta vibrou, realmente, com o futebol e viu o Brasil no pódio, com a medalha... de bronze. Era inacreditável! O futebol brasileiro continuava sem a medalha de ouro. O que deveria acontecer com naturalidade, acabou em... obsessão! Logo a seguir, viriam os pesadelos de Sidney 2000 e o Brasil... sem qualquer medalha; Atenas 2004 e o Brasil... nem foi; Pequim 2008, Brasil... medalha de bronze; Londres 2012, Brasil... medalha de prata. Ouro... zero!
Da tragédia ao... ouro?
Chegou a vez do Rio 2016! Desde Los Angeles 84, o ouro olímpico viajou para França, ex-União Soviética, Espanha, Nigéria, Camarões, México e, pior de tudo... Argentina, 2 vezes. Agora, mais um cenário para o fim dessa maldição - a cidade maravilhosa e o Cristo Redentor como testemunha. Os tempos são outros. O futebol olímpico perdeu interesse e as outras seleções já acham tudo uma grande chatice. E que ironia! Se antes era o Brasil que não se importava com nada, agora os outros é que não querem saber. Da Europa chegam apenas jogadores sem expressão. Da África também não se vislumbra nada parecido com os craques de outrora. Assim, no caminho do Brasil, talvez só reste como adversário perigoso uma Argentina... sem estrelas. Já o Brasil terá Neymar, o melhor do mundo no futuro. O problema é o presente. Só mesmo a Medalha de Ouro para fazer esquecer os 7-1 naquela tragédia do Mineirão, na Copa de 2014. Felizmente, a final do Rio 2016 será no Maracanã. Mas não foi lá a tragédia da Copa de 1950?
Rio 2016: Países participantes na prova de futebol: 16; Medalha de ouro: 1 (Brasil???)
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