Os clubes do Brasileirão 2016.
Afinal, quais são esses clubes de tradição, com muitos títulos e milhares de torcedores? Neste ano, em São Paulo, teremos Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras; no Rio de Janeiro, Flamengo, Fluminense e Botafogo; em Minas Gerais, Atlético Mineiro e Cruzeiro; no Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional. Onze clubes grandes! O problema é que as finanças da maior parte deles é desesperadora. De um ano para o outro podem perder praticamente uma equipa inteira. Por exemplo, o Corinthians campeão teve de vender seis titulares indiscutíveis. E devem sair mais, porque o início do campeonato brasileiro coincide com a janela de transferências na Europa. Assim, pode acontecer o absurdo de um clube começar com um onze titular em maio e terminar com outro completamente diferente em dezembro. Daí que se torna impossível dizer com certeza quem são os verdadeiros candidatos ao título e muito menos o futuro campeão. Mesmo assim não falta emoção, porque a cada jogador que sai, há sempre um emergente que aparece.
Renato Augusto (Corinthians) – o craque do brasileirão 2015.
O onze ideal do campeonato passado foi: Cássio (Corinthians), Marcos Rocha (Atlético Mineiro), Gil (Corinthians), Jemerson (Atlético Mineiro), Douglas Santos (Atlético Mineiro), Rafael Carioca (Atlético Mineiro), Elias (Corinthians), Renato Augusto (Corinthians), Jadson (Corinthians), Luan (Grêmio) e Ricardo Oliveira (Santos). Renato Augusto foi o craque do Brasileirão e Ricardo Oliveira o artilheiro com 20 gols. O argentino Lucas Pratto (Atlético Mineiro), como o melhor estrangeiro, e Gabriel Jesus (Palmeiras), como revelação, também foram premiados. A seleção brasileira, de Dunga, contou com alguns elementos que se destacaram nesse campeonato de 2015. Elias, Ricardo Oliveira, Lucas Lima (Santos) e Alisson (Internacional) fizeram vários jogos, sobretudo pelas eliminatórias da Copa de 2018, na Rússia. Gil, Renato Augusto, Fred (Fluminense), Robinho (Santos), Marcelo Grohe (Grêmio) também jogaram um pouco, enquanto que Jemerson, Cássio, Douglas Santos e Geferson (Internacional) se contentaram apenas com o prêmio da convocação.
A emoção do campeonato não se restringe ao título de campeão. A Copa Libertadores é uma grande tentação e para lá chegar é preciso ficar entre os 4 primeiros classificados. Os clubes brasileiros têm conseguido bons resultados, com 5 títulos em 8 finais nos últimos 10 anos. O grande vencedor dos últimos anos é o Internacional, com dois títulos, mas o curioso é que, nesse período, nunca foi campeão do Brasil. Aliás, os clubes gaúchos, do Rio Grande do Sul, há muito que não vencem o Brasileirão. Ainda nos últimos 10 anos, o clube mais vencedor é o São Paulo com 3 títulos de campeão brasileiro, seguido por Cruzeiro, 2; Fluminense, 2; Corinthians, 2, e Flamengo, 1. O estado de São Paulo comanda com 5 títulos, contra 3 do Rio de Janeiro e 2 de Minas Gerais. A luta para não descer de divisão é também muito acirrada e chega a ser dramática. Nos últimos anos, pelo menos um grande clube caiu. O histórico Vasco da Gama é o campeão da descida. Em 10 anos caiu três vezes na série B. Corinthians, Palmeiras e Botafogo também foram lá parar.
Gabriel Jesus (Palmeiras), com 18 anos, foi a grande revelação do Brasileirão 2015.
O Brasileirão começa com alguns clubes em festa, comemorando os títulos regionais. São os casos do Internacional, campeão no Rio Grande do Sul; Santos, em São Paulo; Atlético Paranaense, no Paraná; Chapecoense, em Santa Catarina, e ainda os recém-promovidos Santa Cruz, campeão em Pernambuco; Vitória, na Bahia, e América Mineiro, em Minas Gerais. Desses, apenas Santos, Internacional e Santa Cruz venceram também em 2015. Mas, ser campeão regional não significa sucesso garantido no campeonato brasileiro. No ano passado, o Vasco da Gama foi campeão do Rio de Janeiro em maio e caiu para a segunda em dezembro. O Goiás também. Aliás, estes dois clubes repetiram o título este ano, mas vão disputar a série B. O Internacional é campeão gaúcho pela 6ª vez consecutiva, mas fica sempre longe do título brasileiro. Pior é o Grêmio que não vence o regional desde 2010. Em São Paulo, o Palmeiras não é campeão há 8 anos e o São Paulo há 11.
Ser campeão regional não significa sucesso garantido no Brasileirão.
Mas emoção mesmo é assistir a dança de técnicos no Brasileirão. Já a partir do primeiro jogo começa a contagem regressiva para as demissões. Neste momento, o melhor técnico do Brasil é Tite, do Corinthians, campeão brasileiro. Mas no ano passado, Marcelo de Oliveira era bicampeão pelo Cruzeiro, também o melhor do Brasil, e foi demitido após a 4ª rodada. Hoje está sem clube e até questionam a sua competência. Portanto, a profissão mais difícil do mundo é a de técnico de futebol no Brasil. Inacreditável como só um clube manteve o seu técnico durante os 38 jogos do campeonato passado. Foi o Corinthians de Tite. Mas alguns técnicos trocaram de clube várias vezes no mesmo campeonato. Doriva foi o caso mais curioso. Começou no Vasco da Gama como campeão carioca, foi demitido na 8ª rodada, iniciou novo trabalho na Ponte Preta à 17ª e à 29ª recebeu uma proposta do São Paulo, tendo partido para... nova demissão, na 34ª rodada, com apenas 5 jogos. Ou seja, treinou três clubes e mesmo assim terminou o campeonato no desemprego.
Tite (Corinthians), o melhor técnico do Brasil nos dias de hoje. Amanhã é outro dia.
Tite é, sem dúvida,o herói da longevidade, já com 2 anos e 5 meses no comando do Corinthians. Mas neste campeonato, o técnico mais antigo no clube é Givanildo Oliveira, contratado pelo recém promovido América Mineiro em setembro de 2014. Os restantes 18 técnicos deste campeonato ainda estão longe de completar 12 meses nos seus clubes. Dois deles trocaram de clube três vezes em um ano: Oswaldo de Oliveira começou o Brasileirão/2015 no Palmeiras, passou pelo Flamengo e agora inicia o de 2016 no Sport; Eduardo Baptista começou no Sport, passou pelo Fluminense e agora está na Ponte Preta. Quem ainda não sabe muito bem onde foi se meter é o português Paulo Bento, novo técnico do Cruzeiro, o 5º em um ano. Mas certamente já deve saber que no campeonato passado houve 35 trocas de técnicos em 38 jogos. Ou seja, praticamente um técnico foi demitido a cada rodada. Deve ser um recorde mundial. Os outros estrangeiros são o uruguaio Diego Aguirre, técnico do Atlético Mineiro, e o argentino Edgardo Bauza, técnico do São Paulo.
Muricy Ramalho (Flamengo) é o técnico do Brasileirão com mais títulos de campeão (4).
Argel Fucks (Internacional), Dorival Júnior (Santos), Paulo Autuori (Atlético-PR), Guto Ferreira (Chapecoense), Milton Mendes (Santa Cruz) e Givanildo Oliveira (América Mineiro) são os técnicos campeões estaduais e, portanto, iniciam este Brasileirão em alta. Mas também Aguirre e Bauza podem festejar um título antes de se concentrarem no campeonato. Basta vencer a Copa Libertadores. Para já Atlético Mineiro e São Paulo são adversários nos quartos de final. Em matéria de títulos, Muricy Ramalho, hoje no Flamengo, é o técnico mais vezes campeão. Venceu três campeonatos pelo São Paulo e um pelo Fluminense. Os outros campeões são Tite, duas vezes pelo Corinthians, Oswaldo Oliveira, uma vez também pelo Corinthians, e Paulo Autuori, uma vez pelo Botafogo. Então, que a bola comece a rolar o quanto antes, porque o povo está esperando. Cabe agora aos jogadores mostrarem que são bons mesmo. Estrelas? Juan (Flamengo), Fred (Fluminense), Robinho (Atlético Mineiro), Ganso (São Paulo), Guerrero (Flamengo)... e muitos emergentes.
Estrelas em fim de carreira: Juan (Flamengo), Robinho (Atlético-MG) e Fred (Fluminense)
Sem comentários:
Enviar um comentário